Hessel Teich, Daniel, A implosão de um ícone, Revista EXAME. Ed. 921 em 02/07/08, pág. 116 a 123.

Daniel Hessel Teich expõe um artigo na revista EXAME, a queda e a reestruturação da KODAK, empresa líder no mercado fotográfico e símbolo do capitalismo global até a decada de 90, tendo como principal produto o filme para fotografia e ocupando nos anos 80 cerca de 85% do mercado americano.
Com a crescente comercialização das câmeras digitais (produto desenvolvido pela própria KODAK em 1976) a empresa inicia um declínio e perde grande parte do mercado para seus concorrentes que ao contrário dela, apostou na inovação.
Além da resistência a mudanças, a cultura e a demora na tomada de decisão, fez com que o valor da marca caísse bruscamente de 7,8 bilhões de dólares, em 2003 para 3,8 bilhões em 2007.
Cientes de que a empresa não resistiria se não se adaptasse a nova realidade do mercado, procurou entao uma forma para dar início a sua reestruturação. Uma das decisões foi a contratação de mão-de-obra especializada e com a chegada de Antônio Perez a companhia, espanhol com amplo conhecimento na área de produtos digitais, assume a presidência traçando estratégias para o salvamento da empresa, partindo de três tarefas principais: readequando o negócio de fotografia tradicional, já que este poderia sobreviver, ainda, cerca de 10 anos; escolhendo como ramo de negócio principal a montagem de bases para impressão digital; e se desfazendo das divisões de negócios que não fariam mais parte da nova estratégia da companhia, podendo assim, reduzir custos e recuparar o resultado positivo em seus balanços.
Como resultado dessas tarefas a KODAK conseguiu reduzir suas dívidas de 2,7 bilhões de dólares em 2006 para 1,3 bilhões de dólares em 2007 e aumentar seu dinheiro em caixa em 1,4 bilhões de dólares para 2,9 bilhões em 2007.
Segundo a revista, outra empresa que precisou rever seus produtos para não perder espaço no mercado foi a SEDA, fabricante de shampoo, condicionadores e cremes para cabelos. Esta empresa, percebeu que seu público alvo, as classes C e D, estavam dando preferência a produtos com maior qualidade, mesmo que lhes custassem naus caro. No primeiro momento decidiu mudar apenas a embalagem, o que não lhe trouxe resultados, já que o conteúdo permanecia o mesmo. Então procurou especialistas em cabelos dos mais diversos tipos, cacheados, lisos, crespos e conseguiram desenvolver fórmulas capazes de satisfazer tais clientes. Isso agregou valor ao produto e a empresa pode aumentar o preço e mais uma vez alterar a embalagem.
Essas medidas fizeram com que em pouco tempo a SEDA conseguisse recuperar os seus clientes e dobrar o seu faturamento.
A KODAK e a SEDA são exemplos de como a falta de visão da administração de uma empresa e a resistência a adequação a um mercado que está em contínua transformação pode causar o declínio de uma empresa.
Hummm... A SEDA nunca me enganou... rsrsrsrs
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